A maior degradação da Amazônia não é apenas a do solo, provocada pelo uso inadequado e pelas queimadas recorrentes. A verdadeira face da degradação está visível nos rostos de milhares de agricultores, pescadores, extrativistas, quilombolas e indígenas que, como vítimas de um sistema agrícola opressor, vivem na precariedade.

           A degradação da vida social desses indivíduos reflete um modelo de desenvolvimento insustentável, que prioriza o lucro e a expansão econômica à custa do bem-estar das comunidades locais.  Esses trabalhadores são reféns de um modelo que apenas garante sua subsistência mínima, sem acesso a políticas públicas de assistência técnica, crédito e regularização fundiária. 

               Esse cenário perpetua a pobreza, mantendo-os em um ciclo de exploração, enquanto suas condições de vida se deterioram, invisíveis aos grandes debates ambientais. Esse ciclo só será rompido com um modelo que promova desenvolvimento sustentável e dignidade humana, onde os agricultor familiares, os pescadores, os extrativistas, os quilombólas e os indígenas deixem de serem vítimas e passam a serem protagonistas.